quinta-feira, 3 de maio de 2012

Retrato de mãe

“Uma simples mulher existe que,
Pela imensidão de seu amor,
Tem um pouco de Deus
E pela constância de sua dedicação,
Tem muito de anjo;
Que, sendo moça, pensa como uma anciã
E sendo jovem, age com as forças todas da juventude;
Quando ignorante, melhor que qualquer sábio
Desvenda os segredos da vida
E, quando sábia, assume a simplicidade das crianças;
Pobre, sabe enriquecer-se com a felicidade dos que ama
E rica, empobrecer-se para que seu coração
Não sangre ferido pelos ingratos;
Forte, entretanto estremece ao choro de uma criancinha
E fraca, entretanto se alteia com a bravura dos leões;
Viva, não lhe sabemos dar valor
Porque à sua sombra todas as dores se apagam
E morta, tudo o que somos e tudo o que temos
Daríamos para vê-la de novo,
E dela receber um aperto de seus braços,
Uma palavra de seus lábios.
Não exijam de mim que diga o nome dessa mulher,
Se não quiserem que ensope de lágrimas este álbum:
Porque eu a vi passar no meu caminho.
Quando crescerem seus filhos e filhas,
Leiam para eles essa página:
Eles lhe cobrirão de beijos a fronte;
E dirão que um pobre viandante,
Em troca de suntuosa hospedagem recebida,
Aqui deixou para todos
O retrato de sua própria MÃE”

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