quarta-feira, 29 de maio de 2013

Flexibilidade

Duas florestas, uma do lado da outra. Uma de carvalho, arvores imponentes, altas. A outra de bambu. Quando veio uma forte tempestade que se abateu sobre as duas. Depois a floresta de carvalho estava toda derrubada, no chão, e a de bambu intacta. Porque? O carvalho é rígido e inflexível, não resistiu ao vento e o bambu se envergou até o chão durante a tempestade e depois voltou a sua posição normal. 
Existem dois tipos de pessoas, aquelas pessoas CARVALHO, inflexíveis e duras, que não aceitam mudanças e nem a opinião dos outros e quando chegam as tempestades da vida, tombam na depressão, no desânimo. O outro tipo são pessoas BAMBU, que são flexíveis, gostam de mudanças, arriscam e quando passam pelas tempestades se envergam e depois seguem em frente. 
 (L.Gustavo, conto Taoísta)Duas florestas, uma do lado da outra. Uma de carvalho, arvores imponentes, altas. A outra de bambu. Quando veio uma forte tempestade que se abateu sobre as duas. Depois a floresta de carvalho estava toda derrubada, no chão, e a de bambu intacta. Porque? O carvalho é rígido e inflexível, não resistiu ao vento e o bambu se envergou até o chão durante a tempestade e depois voltou a sua posição normal.
Existem dois tipos de pessoas, aquelas pessoas CARVALHO, inflexíveis e duras, que não aceitam mudanças e nem a opinião dos outros e quando chegam as tempestades da vida, tombam na depressão, no desânimo. O outro tipo são pessoas BAMBU, que são flexíveis, gostam de mudanças, arriscam e quando passam pelas tempestades se envergam e depois seguem em frente.
(L.Gustavo, conto Taoísta)

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Medo é falta de contato com a existencia

(...) quanto mais ama, mais cativante você fica. Quanto menos ama, mais você exige que os outros o amem, e menos cativante você fica, mais se fecha, mais se confina em seu ego. E você fica desconfiado — mesmo que alguém se aproxime de você para amá-lo, você fica com medo, porque em todo amor há a possibilidade de rejeição, de retraimento.
Ninguém o ama — isso vira um pensamento entranhado dentro de você. Como esse homem ousa tentar mudar o seu modo de pensar? Ele está tentando amar você. Só pode ser falsidade, será que ele está tentando enganá-la? Deve ser um espertalhão, um sujeito enganador. Você se protege. Não deixa que ninguém a ame, nem ama ninguém. Então vem o medo. Você está sozinha no mundo, tão sozinha, tão solitária, desligada de tudo.

O que é o medo, então? O medo é o sentimento de não estar ligado à existência. Eis a definição de medo: medo é um sentimento de falta de contato com a existência. Você fica sozinho, uma criança chorando sozinha em casa, a mãe e o pai e toda a família saíram para ir ao cinema. A criança chora e soluça no berço. Foi deixada sozinha sem nenhum contato, ninguém para protegê-la, ninguém para lhe dar conforto, ninguém para amá-la; uma solidão, uma solidão imensa a envolve. Eis o estado de medo.

Isso ocorre porque você chegou a um ponto em que não deixa que o amor aconteça.

Toda a humanidade foi treinada para outras coisas, não para o amor. Para matar, fomos treinados. E os exércitos existem, anos de treinamento para matar! Para calcular, fomos treinados; faculdades, universidades, anos de treinamento só para aprender a calcular de forma que ninguém possa enganar você, mas você possa enganar os outros.
Osho, em "Coragem: O Prazer de Viver Perigosamente"

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Entendendo emoções


 o tripé da resiliência se apoia na capacidade de compreender o que sentimos.
 Pode parecer algo mais simples, entretanto, não é o que ocorre. Vivemos usualmente sem entrar em contato com nossas sensações subjetivas e isso pode nos confundir bastante.
 Estar atento aos nossos sentimentos é uma das maneiras mais simples de desenvolver nossa capacidade de enfrentamento emocional. Entenda que estar em contato com nossas emoções nos faz sermos mais ágeis na busca daquilo que efetivamente nos faz bem, como também na evitação das situações que nos fazem mal. É a também chamada inteligência emocional.
Em função de não estarmos habituados a nos conectar conosco, estamos sempre procurando aliviar nossos sentimentos ruins através de atitudes externas como, por exemplo, comprar quando não nos sentimos bem, comer quando estamos ansiosos etc, ou seja, agimos de uma maneira esquiva, na qual nos protegemos de nossos próprios sentimentos desconfortáveis. O ponto central aqui é perceber nosso estado subjetivo para então poder mudá-lo.
Caso você esteja achando difícil minha proposta, vou lhe ajudar.
 Usarei uma antiga crônica de Clarice Lispector que tem o seguinte título: “Se eu fosse eu”. Diz ela: “Quando a procura de um papel se torna inútil, pergunto-me: se eu fosse eu, em que lugar eu o guardaria?” E complementa dizendo: “Quando eu acho o objeto perdido, fico tão absorvida com a pergunta ‘se eu fosse eu’, que eu começo a pensar, diria melhor, sentir”.
 E finaliza indagando: “leitor, se você fosse você mesmo, quem você seria e onde estaria?”. Conclui sua crônica dizendo: “É como se a mentira fosse lentamente movida do lugar onde se acomodara e temos então contato com a experiência real da vida”.
Portanto, sabemos o que nos incomoda, apenas decidimos não pensar no assunto, anestesiando-nos. Se esta pergunta lhe deu algum frio na barriga, isso definitivamente é um bom sinal. Caso você ainda não tenha percebido, ainda há tempo para mudar. Se não consegue sozinho, busque ajuda.

Cristiano Nabuco  psicólogo 

quinta-feira, 23 de maio de 2013

O poço e a pedra

Um monge peregrino caminhava por uma estrada quando, do meio da relva alta, surgiu um homem jovem de grande estatura e com olhos muito tristes.
 Assustado com aquele aparecimento inesperado, o monge parou e perguntou se poderia fazer algo por ele.
O homem abaixou os olhos e murmurou envergonhado: "sou um criminoso, um ladrão. Perdi o afeto de meus pais e dos meus amigos. Como quem afunda na lama, tenho praticado crime após crime. Tenho medo do futuro e não sinto sossego por nenhum instante. Vejo que o senhor é um monge, livre-me então desse sofrimento, dessa angústia!"- pediu ajoelhando-se..

O monge, que ouvira tudo em silêncio, fitou os olhos daquele homem e alguns instantes depois disse: "estou com muita sede. Há alguma fonte por aqui?"
Com expressão de surpresa pela repentina pergunta, o jovem respondeu: "sim, há um poço logo ali, porém nele não há roldana, nem balde. Tenho aqui, no entanto, uma corda que posso amarrar na sua cintura e descê-lo para dentro do poço. O senhor poderá tomar água até se saciar. Quando estiver satisfeito, avise-me que eu o puxarei para cima."

O monge sorrindo aceitou a idéia e logo em seguida encontrava-se dentro do poço.
Pouco depois, veio a voz do monge: "pode puxar!"
O homem deu um puxão na corda empregando grande força, mas nada do monge subir.
Era estranho, pois parecia que a corda estava mais pesada agora do que no início.
Depois de inúteis tentativas para fazer com que o monge subisse, o homem esticou o pescoço pela borda, observou a semi-escuridão do interior do poço para ver o que se passava lá no fundo.

Qual não foi sua surpresa ao ver o monge firmemente agarrado a uma grande pedra que havia na lateral.
Por um momento ficou mudo de espanto, para logo em seguida gritar zangado: "hei, que é isso? O que faz o senhor aí? Pare já com essa brincadeira boba! Está escurecendo, logo será noite. Vamos, largue essa rocha para que eu possa içá-lo."
De lá de dentro o monge pediu calma ao rapaz, explicando: "você é grande e forte, mas mesmo com toda essa força não consegue me puxar se eu ficar assim agarrado a esta pedra. É exatamente isso que está acontecendo com você. Você se considera um criminoso, um ladrão, uma pessoa que não merece o amor e o afeto de ninguém. Encontra-se firmemente agarrado a essas idéias. Desse jeito, mesmo que eu ou qualquer outra pessoa faça grande esforço para reerguê-lo, não vai adiantar nada."
Tudo depende de você. Somente você pode resolver se vai continuar agarrado ou se vai se soltar. Se quer realmente mudar, é necessário que se desprenda dessas idéias negativas que o vêm mantendo no fundo do poço.
Desprenda-se e liberte-se."

Abandonemos as pedras da ignorância e do medo que nos mantêm prisioneiros de nossas próprias imperfeições, nos poços do egoísmo e do orgulho.

(As mais belas parábolas de todos os tempos, organizado por Alexandre Rangel),

quarta-feira, 15 de maio de 2013

O amor


Quando duas essências se encontram, existe amor. E o amor é um fenômeno alquímico — assim como o hidrogênio e o oxigênio se encontram e algo novo, a água, é criado.

Você pode ter hidrogênio, pode ter oxigênio, mas, se estiver com sede, eles serão inúteis. Você pode ter tanto oxigênio quanto quiser, mas a sede não desaparecerá.

Quando duas coisas se encontram, uma coisa nova é criada. Essa coisa é o amor. E ele é como a água; a
sede de muitas, muitas vidas é saciada. De repente, você fica satisfeito.

Esse é o sinal visível do amor; você fica satisfeito, como se tivesse conseguido tudo. Não há nada mais para conseguir; você alcançou o seu objetivo. Não há outro objetivo além desse, o destino está cumprido. A semente virou uma flor, chegou ao seu florescimento máximo.

O contentamento profundo é o sinal visível do amor. Sempre que uma pessoa está amando, ela sente um profundo contentamento. O amor não pode ser visto, mas o contentamento, a satisfação profunda que a rodeia... sua respiração, cada movimento, todo seu ser demonstra contentamento.

Você pode se surpreender quando lhe digo que o amor faz com que você não tenha desejos, mas o desejo vem do descontentamento. Você deseja porque não tem. Deseja porque acha que, se tivesse algo, isso lhe daria contentamento. O desejo nasce do descontentamento.

Quando existe amor e duas essências se encontraram, dissolveram-se, fundiram-se e nasceu uma nova qualidade alquímica, o contentamento está presente. É como se toda a existência tivesse parado — nenhum movimento.

Então o instante presente é o único instante. E aí você pode dizer, “Ah, este bolo está uma delícia”.

Mesmo a morte não significa nada para o homem que ama.

nosso ego


Você continua vivendo como um zumbi - uma vida de rotina, todos os dias, repetindo o mesmo - sem nunca pensar que você ainda não fez a coisa mais importante: você ainda não encontrou a si mesmo.

Você não atingiu a consciência de si mesmo, você está empenhado em fazer o seu ego tão grande quanto possível.

Mas o ego é seu inimigo, não seu amigo. É o ego que lhe dá feridas e te machuca. É o ego que faz você  violento, furioso, ciumento, competitivo. É o ego que está continuamente comparando e sentindo-se miserável.

A consciência de si mesmo é a consciência do seu mundo interior, o reino de Deus. Quando você se torna ciente da enorme beleza do seu próprio ser - a sua alegria, a sua luz, a sua vida eterna, a sua riqueza, o seu amor transbordante - você se sente tão abençoado que pode abençoar o mundo inteiro, sem qualquer discriminação.

Mate o ego, porque ele está escondendo sua alma autêntica. E descubra sua alma, que vai ser a sua consciência de si mesmo.


Osho

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Deficiências ....!!!


"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.
"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores. 


"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
"Diabético" é quem não consegue ser doce.
"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer. E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:
"Miseráveis" são todos que não conseguem falar com Deus.
"A amizade é um amor que nunca morre. "

Mario Quintana.............Portal Vida Consciente

conheça-te

"Quanto mais profundamente começamos a nos perceber por dentro, mais profundamente começaremos a perceber o interior dos outros - na mesma proporção."

Osho



Quem tentar possuir uma flor, verá sua beleza murchando. Mas quem apenas olhar uma flor num campo, permanecerá para sempre com ela. Você nunca será minha e por isso terei você para sempre."
Paulo Coelho




"A vida não dá e nem empresta, não se comove e nem se apieda. Tudo quanto ela faz é retribuir e transferir aquilo que nós oferecemos".

Albert Einstein



Há pessoas que, tanto quanto ao envelhecimento, nunca perdem a beleza. Ele só é passado da face para o coração.  

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Como relaxar a mente

Você está simplesmente sentado, sem fazer nada. Tudo é silêncio, tudo é paz, tudo é felicidade. Você encontrou Deus, você encontrou a verdade.

Os praticantes do Zen nos recomendam apenas sentar e não fazer nada. A coisa mais difícil no mundo é exatamente sentar sem fazer nada. Mas, depois que você desenvolve a aptidão para isso, muitas coisas irão acontecer. Você vai se sentir sonolento, começará a sonhar. A sua mente ficará atulhada de pensamentos, além de muitas outras coisas. Ela dirá: “Por que você está desperdiçando o seu tempo? Você poderia ter feito alguma coisa para ganhar dinheiro. Pelo menos poderia ter assistido a algum filme, se divertido, ou ter conversado com os amigos. Poderia ter visto televisão, ou pelo menos poderia ter lido o jornal que acabou não lendo. Por que está desperdiçando o seu tempo?”

A mente vai fazer tudo o que for possível para impedi-lo de simplesmente ficar sentado. Se você perseverar, um dia o sol nascerá.

Chegará um dia em que você não se sentirá mais sonolento - a mente terá se cansado, terá desistido da ideia de que você poderia ser enganado! Acabou tudo: sono, alucinação, sonho, pensamentos. Então você se descobrirá sentado, sem fazer nada, e tudo será silêncio, paz, felicidade. Você encontrou Deus, encontrou a verdade.

Sente-se em qualquer lugar, mas não olhe para nada muito excitante. As coisas não devem estar se movimentando muito, do contrário se tornam uma distração. Você pode observar as árvores, porque elas não saem do lugar e a cena permanece constante. Pode observar o céu ou apenas sentar num canto olhando para a parede.

Além disso, não olhe para nada em especial: apenas observe o vazio. É preciso olhar para alguma coisa, mas não busque nada em particular. Não focalize nada nem se concentre em coisa alguma - veja apenas uma imagem difusa.

A terceira coisa é relaxar a respiração. Não a produza, deixe que aconteça naturalmente e isso o relaxará ainda mais.

Por último, o seu corpo deve permanecer na maior imobilidade possível. Encontre uma boa postura - sente-se sobre uma almofada, um colchão ou qualquer coisa que lhe agrade, mas, assim que se posicionar, permaneça imóvel, porque se o corpo não se mover a mente se cala automaticamente. Corpo e mente não são duas coisas: são uma coisa só, uma só energia. No princípio parecerá um pouco difícil, mas depois de alguns dias você verá, pouco a pouco, as camadas da mente começarem a cair. Chegará um momento em que você estará lá, sem a mente.
Instruções

Sente-se de frente para uma parede, a uma distância equivalente ao comprimento do seu braço. Os olhos devem estar meio abertos, permitindo que o olhar descanse suavemente sobre a parede. Mantenha as costas eretas e descanse uma das mãos dentro da outra com os polegares se tocando para formar uma oval. Mantenha o corpo imóvel o mais possível por 30 minutos.

Enquanto estiver sentado, permita uma percepção sem escolha, não dirigindo a atenção para nada em especial, mas mantendo a atitude de maior receptividade e maior atenção possíveis.

Osho, em "Meditação