quarta-feira, 15 de maio de 2013

O amor


Quando duas essências se encontram, existe amor. E o amor é um fenômeno alquímico — assim como o hidrogênio e o oxigênio se encontram e algo novo, a água, é criado.

Você pode ter hidrogênio, pode ter oxigênio, mas, se estiver com sede, eles serão inúteis. Você pode ter tanto oxigênio quanto quiser, mas a sede não desaparecerá.

Quando duas coisas se encontram, uma coisa nova é criada. Essa coisa é o amor. E ele é como a água; a
sede de muitas, muitas vidas é saciada. De repente, você fica satisfeito.

Esse é o sinal visível do amor; você fica satisfeito, como se tivesse conseguido tudo. Não há nada mais para conseguir; você alcançou o seu objetivo. Não há outro objetivo além desse, o destino está cumprido. A semente virou uma flor, chegou ao seu florescimento máximo.

O contentamento profundo é o sinal visível do amor. Sempre que uma pessoa está amando, ela sente um profundo contentamento. O amor não pode ser visto, mas o contentamento, a satisfação profunda que a rodeia... sua respiração, cada movimento, todo seu ser demonstra contentamento.

Você pode se surpreender quando lhe digo que o amor faz com que você não tenha desejos, mas o desejo vem do descontentamento. Você deseja porque não tem. Deseja porque acha que, se tivesse algo, isso lhe daria contentamento. O desejo nasce do descontentamento.

Quando existe amor e duas essências se encontraram, dissolveram-se, fundiram-se e nasceu uma nova qualidade alquímica, o contentamento está presente. É como se toda a existência tivesse parado — nenhum movimento.

Então o instante presente é o único instante. E aí você pode dizer, “Ah, este bolo está uma delícia”.

Mesmo a morte não significa nada para o homem que ama.

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