"Às
vezes, na estranha tentativa de nos defendermos da suposta visita da
dor, soltamos os cães. Apagamos as luzes. Fechamos as cortinas.
Trancamos as portas com chaves, cadeados e medos. Ficamos quietinhos,
poucos movimentos, nesse lugar escuro e pouco arejado, para a vida não
desconfiar que estamos em casa.
O problema é que, ao nos
protegermos tanto da possibilidade da dor, acabamos nos protegendo
também da possibilidade de lindas alegrias..."
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