domingo, 19 de fevereiro de 2012

Sonhos e ilusão

      Andei procurando a definição da palavra ilusão. Várias fontes a trazem como uma confusão dos sentidos, seja visual, tátil, auditiva, olfativa ou gustativa. Esse é o significado ao pé da letra, no entanto, esse termo é utilizado, comumente, para expressar aquilo que não existe, mas que se acredita nele a todo instante.
    Usar o imaginário, deixar um pouco de lado o senso da realidade, inventar a ponto de sentir um vão prazer, é assim que se vive iludido, criando sonhos, às vezes, tão frágeis como bolhas de sabão.
     Creio que em pequenas porções, isso não faz mal a ninguém e vejo que, mesmo sem perceber, também tenho os meus momentos ilusórios, como agir com naturalidade diante das impossibilidades, fazer a voz soar normalmente mesmo quando uma lágrima a quer travar. Ao trazer no coração, intencionalmente, uma despreocupação de criança que me faz enxergar apenas o colorido e esquecer, por uns instantes, as tragédias e as dores do mundo.
    Talvez não seja a melhor forma de viver, porém é um jeito simplista de metamorfosear a vida, deixá-la mais leve e quem sabe até fazer de muitos momentos um secreto e agradável encanto.

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